A Comissão Multissectorial de Apoio à Realização do Censo Geral da População e Habitação de 2024 garante que estão a ser adquiridos meios logísticos, consubstanciados em 70 mil tablets e 246 novas viaturas, para uma empreitada que vai contar, ainda, com o envolvimento de meios aéreos e terrestres das Forças Armadas Angolanas.
Em declarações à imprensa, quarta-feira, em Luanda, no final do seminário dirigido a governadores e vice-governadores provinciais, o coordenador da Comissão Multissectorial, Francisco Furtado, disse que o Censo de 2024 conta, igualmente, com o apoio da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), na entrega de viaturas que apoiaram a realização das eleições em 2022.
De acordo com o coordenador da Comissão Multissectorial, o seminário dirigido aos governadores e vice-governadores provinciais vai capitalizar a acção dos mesmos em relação aos trabalhos que serão desenvolvidos antes e durante o Censo Geral de 2024.
"Chamamos os governadores para participarem neste seminário, na qualidade de coordenadores provinciais das comissões de apoio à realização do Censo de 2024, no sentido de estarmos todos com a mesma linguagem, mesmo nível de domínio dos temas que temos de desenvolver até o dia da realização do Censo a 19 de Julho”, disse. Sobre as viaturas usadas no Censo de 2014, Francisco Furtado explicou que estão a ser reaproveitadas para a realização do Censo deste ano.
O governante revelou também que para a concretização do Censo de 2024 seriam necessárias cerca de 700 viaturas para a concretização da operação e que estão a ser adquiridos agora 246, porque existem outras não só do Censo passado, mas das viaturas que apoiaram a realização das eleições de 2022.
"Há um envolvimento global da sociedade, particularmente dos governos provinciais, dos três ramos das Forças Armadas, do Ministério do Interior, de todas as unidades da Polícia Nacional. Esperamos que a população seja sensibilizada e ensinada sobre a importância do Censo, para podermos saber quem somos, quantos somos, onde estamos e o que fazemos”, realçou.
Segundo Francisco Furtado, o Recenseamento Geral da População e Habitação está a cumprir a segunda etapa do processo, que consiste em actualizar a malha cartográfica censitária do país, com a finalização da cartografia censitária nas províncias do Bengo, Cabinda, Cuanza-Norte e Lunda-Sul, com mais de 73 por cento do processo concluído.
Francisco Furtado referiu que este processo tem sido um trabalho árduo, por conta das muitas dificuldades encontradas nos acessos a determinadas localidades, que tem sido colmatadas com a participação activa das Forças Armadas no apoio aos grupos técnicos que se deslocam às diferentes áreas do interior das províncias. "Pensamos que até final do mês de Maio a actualização da malha cartográfica estará concluída”, frisou.
Quanto às dificuldades encontradas na actualização da malha cartográfica, com a alteração da geografia de alguns municípios e o surgimento de novos bairros, disse ser normal e salientou que o processo de actualização tem o objectivo de reactualizar os dados que estão desactualizados em relação ao Censo de 2014.